sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Para quem estamos olhando?



Quando nos deparamos com uma situação de batalha ou quando temos algo para resolver, normalmente os sentimentos que vêm a tona são os de desespero, frustração, medo e impaciência. Por esse motivo, nós esquecemos de crer no Criador e passamos olhar para as situações e deixamos de olhar para Jesus, assim como Pedro fez quando pediu que o Mestre lhe fizesse andar sobre as águas... Quando ele perdeu o foco e olhou para as circunstâncias tudo começou a dar errado.
Por vezes, revelamos uma posição que deve ser confrontada e transformada, agindo como filho que espera pacientemente nos braços do Pai, olhando unicamente para Ele, mesmo quando fora do abrigo tudo está um caos. 

Houve um certo momento para o povo de Israel, onde eles desviaram o olhar de Deus e passaram a olhar para os povos que estavam em volta deles, cedendo à pressão e desejando "ser como as nações vizinhas"; desejando que um Rei pudesse governá-los, assim como as demais nações. Em todo momento, Deus estava cuidando do povo de Israel e suprindo suas necessidades, desde muito antes, em sua jornada no deserto (como havíamos comentado em um outro post), mas ainda assim, era como se não fosse o suficiente. Deus em sua infinita bondade usou o profeta Samuel para os avisar que se o povo perdesse totalmente o foco e desviasse de seus caminhos, esse rei acabaria por explorá-los (1 Samuel 8.11-18). 
Ainda assim o povo rejeitou o aviso e exigiu um rei, e Deus os concedeu e enviou Saul para os governar. O rei tinha imagem de um ótimo líder político e também era formoso. Acredito que se fosse nos dias de hoje, ele chamaria bastante atenção das mídias e comunicações em massa. Mesmo com a desobediência do povo, Deus não deixou de cumprir os seus propósitos, fazendo com que por meio da loucura e defeitos de Saul, um jovem pastor chamado Davi se achegasse a côrte e, por sua linhagem real o Messias viesse para o povo de Israel. Então Samuel ungiu a Saul como rei e o apresentou aos israelitas, não os fazendo esquecer que eles escolheram um líder terreno ao invés de ter o próprio Deus como o seu rei. 


"Agora, aqui está o rei que vocês escolheram. Vocês pediram, e o Senhor Deus deu esse rei. Tudo correrá bem para vocês se temerem o Senhor, nosso Deus, se o adorarem, se o ouvirem, se obedecerem às suas ordens e se vocês e o seu rei o seguirem. Porém, se não ouvirem o Senhor e se desobedecerem às suas ordens, ele ficará contra vocês e contra o seu rei. Fiquem agora onde estão e vocês verão que coisa maravilhosa o Senhor vai fazer." (1 Samuel 12.13-16)


Deus chamou o seu povo para que fossem bons cidadãos e nos ensina a cumprir os nossos deveres com o governo terreno e orar por todos os que nos governam politicamente, mas nos ensina também que o poder maior não é o político e sim o espiritual. O segredo para que Israel vencesse não estava no poder de um líder terreno e sim em Deus, em seguir e obedecer aos seus mandamentos. A questão não era simplesmente que tivesse alguém no poder, mas que tanto esse líder como o povo estivesse obedecendo a Deus. 
Enquanto Saul confiasse no poder de Deus, ele seria capaz de governar aquele povo e os fazer prosperar, mas havia a condição de que ele fosse submetido ao Espírito continuamente ao invés de seguir sua própria vontade. Se não fosse dessa maneira, Deus ficaria contra o povo e seu rei e nada mais daria certo. 


"Então, se o meu povo, que pertence somente a mim, se arrepender, abandonar os seus pecados e orar a mim, eu os ouvirei do céu, perdoarei os seus pecados e farei o país progredir de novo." (2 Crônicas 7.14)



Nós, povo de Deus, devemos interagir com a nossa sociedade fazendo o possível para ajudar no desenvolvimento e planejamento para o futuro, sabendo que não basta somente fazer a escolha certa de quem assumirá o poder, mas equilibrá-la no reino espiritual. Devemos orar, interceder e obedecer a Deus se de fato quisermos que Deus abençoe nosso governo e nosso país, para que sejamos guiados com sabedoria. A salvação e as respostas virão por meio de Jesus Cristo.

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